Materiais para a Salvação do Mundo 9
Sinopse
Neste volume, Bruno Ministro parte de uma reflexão sobre a função «salvar como», presente no software, para pensar modelos como a rede, a raiz e o rizoma, observando o imaginário da árvore na poesia de António Ramos Rosa e o processo de reescrita experimental em Rui Torres, numa «permanente tensão relacional entre repetição e variação», criação, incorporação, liberdade; Inês Cardoso lê Raving, de McKenzie Wark, a partir de uma evocação do «fim de um mundo», demonstrando a capacidade de resistência e reinvenção de si em actividades como a escrita, a participação na rave, a autoficção, a autoteoria, um «hackear da conceção patológica de dissociação», reequacionada a partir do seu potencial estético e «ressociativo»; e Ivana Schneider interroga a polissemia inerente à ideia de salvação em três narrativas de Guimarães Rosa («Famigerado», «A terceira margem do rio», «A benfazeja»), interrogando os conflitos entre o indivíduo e o seu contexto – familiar, social, natural –, e demonstrando que salvar alguém é também «salvar o mundo daquele que se sente ameaçado».
Org.: Pedro Eiras
Índice:
7 |Nota de Abertura
Pedro Eiras
9 | Salvar como? Escrever através e repetir outra vez
Bruno Ministro
17 | Rave/ Escrita: Práticas para um tempo sem futuro
Inês Cardoso
33| A ideia de salvação nos contos "Famigerado", "A terceira margem do rio" e "A benfazega", de Guimarães Rosa
Ivana Schneider